URN to cite this document: urn:nbn:de:bvb:703-epub-6673-9
Title data
Hutta, Jan Simon:
Necropolitics Beyond the Exception : Parapolicing, Milícia Urbanism, and the Assassination of Marielle Franco in Rio de Janeiro.
In: Antipode.
Vol. 54
(2022)
Issue 6
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- pp. 1829-1858.
ISSN 1467-8330
DOI der Verlagsversion: https://doi.org/10.1111/anti.12866
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Abstract
Engaging with the assassination of black city councillor Marielle Franco, the paper discusses how “milícia urbanism”, a formation of power and capital accumulation driven by parapolice networks, intensifies the necropolitical governance of Rio de Janeiro. Specifically, this necropolitics is characterised by liaisons among armed, political, institutional and economic actors that enable acts of violence with impunity, aggravating the conditions of violence for subaltern populations. Dialoguing with the Black Studies debate on necropolitics and works on violent democracies, the paper situates milícia urbanism within a postcolonial genealogy of parapolicing. Ever since the colonial plantation, it is argued, parapolicing has been integral to a power technology that avoids sovereign accountability while serving white capital interests. Whereas previous accounts of necropolitics have centred on the sovereign exception, this genealogy furthers an understanding of necropolitics “beyond the exception”. The paper concludes that Marielle Franco’s black-feminist politics has been vital to contestations of this necropolitics.
Abstract in another language
Discutindo o assassinato da vereadora negra Marielle Franco, o artigo analisa como o “urbanismo milciano”, uma formação de poder e acumulação de capital impulsionada por redes de parapolícia, intensifica a governança necropolítica do Rio de Janeiro. Especificamente, esta necropolítica se caracteriza por ligações entre atores armados, políticos, institucionais e econômicos que permitem atos de violência com impunidade, agravando as condições de violência para as populações subalternas. Dialogando com o debate dos Estudos Negros sobre necropolítica e trabalhos sobre “democracias violentas”, o artigo situa o urbanismo miliciano dentro de uma genealogia pós-colonial de parapoliciamento. Desde a plantação colonial, argumenta-se, o parapoliciamento tem sido parte integrante de uma tecnologia de poder que evita a responsabilidade soberana ao mesmo tempo em que serve os interesses do capital branco. Enquanto os argumentos anteriores de necropolítica se centraram na exceção soberana, esta genealogia promove uma compreensão da necropolítica “além da exceção”. O texto conclui que a política negra-feminista de Marielle Franco tem sido crucial para as contestações dessa necropolítica.